um blog esse há muito tempo criado. mas renascido agora, em um total momento de caos. acho que necessito disso prá exorcizar alguns demônios. me encho bem mais de coragem quando percebo que não tenho mais medo de usar as palavras. expresso, suspiro, respiro, fecho os olhos... tudo de uma vez. só me proíbo de usar a tecla delete aqui nesse espaço.

passou o tempo e eu estava distante de tudo. tantos amores, ou nenhum... tanto faz. só sinto falta de não ter paz. de desejos e vontades na(s) madrugada(s). da inspiração repentina que liberta. catarse urgente e aguda. as palavras que vinham sem sentido, e mesmo assim eu as expunha. com dor. nua. apenas um detalhe diante de tantos espelhos. e exposições. hoje, parece que tenho mais medo. mas, me encaro. deixo rastros estranhos e bastante significativos, tenho consciência deste dom. as portas que se abrem, tantas. mas na maioria das vezes, ignoro seus chamados.

aos meus amores:

essa carta é prá vocês, meus amores do passado, meus amores antigos...
essa carta é prá dizer que nada daquilo que eu vivi com cada um de vocês, meus amores, foi real.
os suspiros, as declarações, as cartas, as músicas dedicadas... tudo o que eu demonstrei prá cada um de vocês, foi ilusão. pura e simplesmente. 
durante muito tempo eu me deixei levar por essa sensação quase alucinatória. chegava a ser opiácea... durante muito tempo eu quis acreditar que podia (e que eu sabia) amar. mas a verdade é que eu não sei. nunca soube. jamais soube. e talvez eu jamais venha a saber.
o que eu sabia fazer, e fazia com certa maestria era fechar os olhos e fazer de conta. apenas. incompleta. seca. estenosada. nada mais do que o simples reflexo do que realmente sou.
foi na incompletude que o meu amor soube se revelar à cada um de vocês, meus amores. entendam vocês que não tinha como ser de outra maneira, não tinha como eu oferecer mais à cada um de vocês. 
e agora eu entendo o porque do pouco amor que cada um de vocês ofereceu prá mim. 
sendo assim, eu os perdôo. 


(em 27/05/2013)

era prá ser com você...
minha vida, meu cotidiano, a realização dos meus sonhos, algumas loucuras, a certeza do dia a dia...
era prá ser eu e você...
minha mão segurando a sua, eu seguindo teus passos, você se apaixonando pelas minhas palavras escritas, eu te acompanhando com o meu olhar, você adivinhando meus pensamentos. e distraindo meus complexos.
sem você eu não me encanto mais. apenas suspiro e fecho os olhos. sem você eu faço de conta. sem você eu me atraso.
com você era tranquilidade, calmaria, leveza.
com você, a sensação era que eu sabia de tudo.

(em 26/08/2011)

L:
ontem, 01:48 da manhã e eu pensando em você.
percebi que mesmo sem saber, você tem devolvido alguns de meus sonhos. um a um.
delicadamente você os põe em meu colo de volta. e eu os aceito, comovida.
meu coração que estava na contramão há quase dois anos não bate mais indiferente. possui agora um motivo e uma razão, e é isso que, de certa forma, tem colorido os meus dias.
sei que gosto de você bem mais do que as circunstâncias permitiam. mas é assim que tem sido comigo desde sempre.
você está me resgatando. está fazendo com que eu me reconheça novamente. e com esse sentir-se assim, tão dentro de mim depois de tanto tempo não há mais como voltar atrás. tampouco quero. não há outro caminho senão aquele que vai de encontro a plenitude. é um sentir que não está cabendo mais em mim. sai nessas palavras soltas, sai no meu fechar de olhos em um suspiro, sai nos meus sorrisos bobos ao decorrer do meu dia.
e o resto fica prá depois.

(em 19/05/2011)

sinto falta de algumas fantasias e sonhos. com o passar do tempo me tornei cada vez mais prática. e por consequência, mais vazia.
admito que era bom fechar os olhos e imaginar o meu futuro rosa & lilás. permaneci um bom tempo assim, onde tudo e todos me inspiravam. e agora o que me inspira é a realidade. talvez mais crua, menos doce. mas é a que compactua comigo.
parece que perdi a sutileza, parece que me perdia junto com ela. fui depositando toda doçura em esquinas, cantos e muros e amores.
caminhava com a esperança de um amor eterno e tranquilo. e sonhos à serem realizados em um passe de mágica. (e eles me faziam uma boa companhia, assumo)
hoje desaprendi a ser assim. não sei como e nem o porquê. mas de vez em quando eu ainda  até que consigo soltar um suspiro. na verdade, um equívoco.

(em 08/06/2011)

passaram-se os anos e ainda gosto de você. 

não com a mesma intensidade de antes, com aquele encantamento do início, mas gosto. 

talvez a sua (nossa) ausência tenha contribuído para que tudo fosse mais mágico. a distância fazia com que nosso desejo aumentasse, ficasse urgente, rápido. afinal, para nós não existia o amanhã. (isso confunde o coração). 

teve uma época que eu achei que era amor. assumo que foi difícil caminhar amando você. tão distante de mim. e tão diferente de mim. 

houve momentos em que eu achei que não podia viver sem seus beijos e abraços. houve momentos em que eu encontrei a mim mesma justamente só ali - em seus braços. e te beijando. mas passou. passou porque a distância - sim, essa mesma distância que te fazia tão apaixonante aos meus olhos - te fez também um sonho repleto somente de ilusões. era gostoso fechar os olhos e pensar em você antes de dormir. imaginava diálogos, inventava frases, e entre uma e outra - um suspiro. mas era só isso. e eu merecia mais. merecia a proximidade. merecia sentir seu calor mais vezes. muitas vezes. repetidas vezes. merecia em nome do suposto amor que sentia por você. como resposta sua tive o silêncio. e a sua não- vontade de que as coisas fossem diferentes. aí que comecei a não suportar mais. e aí que o sentimento que era prá você, só prá você, começou a se transformar. e agora é esse algo morno dentro de mim. 

sim, gosto de você. mas é um gostar indiferente. gosto porque sinto que gosto de você bem antes de te conhecer. e me acostumei com isso. 

é um gostar que não machuca mais. 

ainda bem.


(em 14/05/2011)

você está em mim.
desde o dia que trocamos as primeiras impressões, eu deixei que você entrasse em mim. e que você me transformasse. e que você enxergasse a imagem da mulher que eu seria anos depois.
você se acomoda em meu abraço e não deixa o vazio tomar conta.
você aquece, acarinha, e o que eu faço é só fechar os olhos e as evidências são as marcas em meu corpo que trago. tradução do sentir amor.
sua presença se fez pela ausência, pela esperança de um reencontro que faziam meus dias serem bem mais arco-íris. sua presença se fez pela lembrança. sua presença se fez pelos diálogos imaginários que criei e pelos beijos imaginários que senti. e é por isso que nosso amor ainda continua tão bonito.

(em 29/04/2008)

e enquanto você dormia eu fiquei olhando cada detalhe do seu rosto. e me perguntei como que você podia ser tão lindo. e ali eu percebi que estava começando a me apaixonar por você. não, não foi no nosso primeiro beijo, e nem quando trocávamos nossos primeiros sorrisos. foi sim, quando eu te vi ali, dormindo ao meu lado.
meu coração estava guardando cada respiração sua, cada suspiro seu. guardando seu calor e seu braço carinhosamente pousado em meu corpo.
tantas sensações me fizeram criar sonhos. fiz planos.
e mesmo sem querer, você desenhou linhas coloridas nos meus dias que vieram depois.

(em 16/04/2008)

a criação de um novo blog dá a mesma sensação de um caderno novo. muitas páginas em branco prontas para serem preenchidas.

=)